O Tempo e Nossas Experiências Emocionais no Processo de Análise

Podemos dar novos significados às nossas experiências nas vividas como de dor, perdas e lutos e seguir adiante?

Maria Rita kehl, citando Walter Benjamin faz algumas considerações importantes sobre a rapidez que vivenciamos experiências do cotidiano, nos alertando para os perigos essa maneira superficial e rápida de lidarmos com nossas vivências de amor e de dor. Pode acontecer que esse modo de lidar com nossas vidas tragam mais sofrimento do que estamos tentando evitar. Como criar recursos emocionais para lidarmos com situações difíceis?

Benjanin diz que o tempo é o tecido da nossa vida, é o lugar emocional, psicológico onde nossos afetos se expressam e se constroem. Onde as relações as experiências de satisfação, de amor, ternura, satisfação, cuidado e de acolhimento se dão. Também é nesse tecido chamado tempo que vivenciamos situações hostis, de frustração, perdas, lutos, abandono, desamparo, desprazeres.

Kehl diz que nossas vivências, quando narradas, contadas para alguém, transformam-se em experiências vividas. Esse processo de narrativa é importante para nossa saúde mental.

Quando podemos transformar estas vivências de amor e de dor em narrativas, contando para alguém o que vivenciamos, que se passou conosco, possibilita outras conexões emocionais, novos sentidos, ligam os afetos às ideias, criam novas perspectivas e fantasias, enriquece o significado das coisas e situações vividas, isto é, ressignificam as experiências.

Este processo de transformar as vivências em experiências é um dos ganhos do processo de psicoterapia e da análise com profissional habiliatdo para isso. Siituações traumáticas podem ser ressignificadas, superadas e as experiências de prazer também ganham novos contornos e podem nos ajudar a superar situações difíceis ao longo da vida.

Psicóloga
Renata Galli Barbosa
Formação
Universidade Paulista, São Paulo SP.
Conselho Regional de Psicologia
CRP 06/40.563-3
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